Eu tenho algumas referências maternas. As principais são minha própria mãe e minha tia-avó, a quem sempre chamei de mãinha. Quando eu nasci, mãinha já tinha 68 anos e era solteira, sem filhos. Ela cuidou de muitos sobrinhos e filhos dos sobrinhos, mas principalmente de mim e de meus irmãos, pois morávamos muito perto e meus pais trabalhavam full time. Quando mãinha faleceu aos 93 anos (eu tinha 20 e poucos), comecei a me questionar sobre filhos e casamento. Eu sempre quis ter filhos e ao mesmo tempo tinha medo de não conseguir. Muitas mulheres sentem esse medo. Pensando nela e em como ela me fez tão bem e cuidou tanto de mim, comecei a ficar menos desesperada, e a aceitar que a realidade poderia ser diferente de filhos biológicos e casamento. Pensava muito se eu ia casar ou viver como ela, e me perguntava se ela não sentia a falta de um marido ou companheiro, como ela se sentia intimamente. TODAS nós, brancas ou negras, ricas ou pobres, urbanas ou sertanejas, novas ou idosas, femini
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