Introdução de sólidos

Marina conhecendo e amando o brócolis. É muito importante esse contato com a cor, textura e consistência do alimento. Ela desenvolve sua capacidade motora e tem maior controle sobre a alimentação.

Após três introduções alimentares, cheguei a conclusão que só precisamos de tempo, amor e paciência.

• Frutas ou verduras?

 Tempo e paciência.

• BLW ou papinhas?

Amor e tempo.

• Natural ou industrializado?

Paciência e amor.

• Amassar ou triturar?

Tempo, amor e paciência.

Faço questão de dizer isso e indicar muito Carlos González (pediatra espanhol maravilhoso), porque não costumam dizer isso nos cursos e palestras (e olhe que fui em muitos durante a introdução alimentar de João Francisco). De que adianta escolher entre verduras ou frutas, cozidas ou trituradas, juntas ou separadas, se o bebê cuspir tudo e jogar no chão? De que adianta oferecer na mamadeira ou no copo, se ele simplesmente rejeitar? MUITOS pediatras acham que a mãe fez errado ou que nada fez, e acabam por deixá-las angustiadas e com sentimento de culpa. Lembro que uma pediatra no posto de saúde perdeu a paciência comigo na introdução de João e isso me deixou MUITO aflita, com os nervos à flor da pele. Eu chorei de angústia e ansiedade. Por isso insisto para que tenhamos calma e paciência, sempre que possível. Claro que há dias de maior correria e/ou ansiedade, mas digo para pelo menos tentarmos ter o máximo de tempo e paciência.

O que nossos três filhos têm em comum, é que nenhum deles começou comendo o que eu ofereci e engatou nos primeiros dias, e tampouco no primeiro mês. Todos três só começaram efetivamente após os sete meses, cada um do seu jeito, com suas preferências.

Nesse dia, eu dei um pouco pra ela conhecer, mas também dei as colheradas direto na boca. Ela está com 07 meses.

Eles cuspiram muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito antes de mastigar. Ficaram muito tempo com a comida na boca sem saber o que fazer. Jogaram frutas e papinhas no chão. Demoraram três ou quatro minutos com cada colherada (de chá).
Com João eu fiquei MUITO ansiosa, me angustiei. Depois de muito Carlos González consegui ir acalmando aos poucos.
Com Luís (segundo) já relaxei demais e passei dos limites (dei iogurte aos 7 meses e ele teve reação alérgica).
Agora com Marina estou na fase mais equilibrada e muito satisfeita. Comecei com BLW e tudo completamente em seu tempo.
Hoje ela come bem, de preferência comida de sal (verduras cozidas, arroz, carne moída, ovo, frango desfiado). Gosta muito de morango.

A introdução alimentar de Luís Antônio foi nossa segunda experiência. Estava mais segura, até demais. Vacilei com um iogurte aos sete meses, que rendeu uma crise alérgica na pele. Depois evitei industrializados e derivados de leite. Hoje, aos três, ele ama pão de queijo e come quase todas as frutas que conhecemos.